Especial - Série Cinema
Stevie Wonder - Woman in red (1984 - trilha sonora)
No filme "Alta Fidelidade", Barry (Jack Black) propõe um de seus muitos questionamentos musicais: "Cinco maiores crimes musicais perpetrados por Stevie Wonder no anos 80 e 90. Subpergunta: É mesmo injusto criticar um ex-grande artista por seus pecados recentes?”
Minha resposta é sim. E acredito que a prova mais contundente para isso é a trilha sonora de Woman in red, de 1984, feita por Stevie Wonder. É verdade, a década de oitenta e noventa está longe das duas antecedentes para Wonder, mas ainda assim não podemos esquecer que o artista em questão é Stevie Wonder, e sendo humano como nós, está suscetível a cometer erros. E acertos com essa trilha sonora, é claro. Por isso criticá-lo por seus pecados é injusto.
"Woman in Red" foi um filme que marcou época. Não entrarei em muitos detalhes sobre o filme em si, pois no WideScreen está toda a análise sobre a película, muito melhor explorada do que eu poderia fazer. Então, sobre o filme, clique aqui. Acontece que para um filme marcar época como "Woman in red" marcou é preciso não só de bons atores, diretores, história, etc, mas uma boa trilha sonora também, pois é ela quem marca os momentos mais importantes do filme, assim como também preenche os espaços onde fala ou imagem alguma conseguiria preencher.
A trilha feita por Wonder acerta em todos os quesitos acima, e vai além. É na trilha desse filme que está "I just called to say I love", o single de maior vendagem na carreira do músico até hoje, e vencedor do Oscar e do Globo de Ouro do ano de 1985. Amada pelos fãs, trucidada pela crítica, "I just called to say I love" foi uma música que marcou época - e levantou controvérsias quanto ao Oscar, pois para concorrer ao prêmio, a música deve ser composta para o filme, o que não foi exatamente o caso de "I just call..." Mas é claro, embora tenha no disco um dos maiores hits da década de oitenta, "Woman in red" - a trilha - conta ainda com outras sete músicas, talvez não tão conhecidas como "I just call...", mas que não devem nada a companheira de álbum.
Por exemplo, "It's you" é uma pequena demonstração do que pode acontecer quando Stevie Wonder faz uma parceria com alguém como Dionne Warwick, aquela que transita facilmente entre o jazz de Ella Fitzgerald e o soul de Aretha Franklin; outra música que vale destaque é "Moments aren't moments" com Dionne Warwick, só que dessa vez solo. A música chega a ser delicada de tão simples, assim como a voz de Dionne, quase sussurrada, que chega a arrepiar.
Talvez um dos pontos de baixa do disco seja "It's more than you", canção instrumental de pouco mais de três minutos que, pelo menos ao álbum, não acrescenta muita coisa. E mesmo "I just call..." poderia entrar aqui, pois devido a seu estrondoso sucesso acabou por ofuscar não só o restante do disco, mas também a carreira de Wonder, chegando a reduzir, para alguns, sua obra àquela música.
Então, aí está, não acredito que seja justo criticar Stevie Wonder por seus pecados nas décadas de 80 e 90. Há pecados, sim, como também há acertos. Mas é claro, na minha lista top 5 de melhores discos de Stevie Wonder, esse não entraria.

No filme "Alta Fidelidade", Barry (Jack Black) propõe um de seus muitos questionamentos musicais: "Cinco maiores crimes musicais perpetrados por Stevie Wonder no anos 80 e 90. Subpergunta: É mesmo injusto criticar um ex-grande artista por seus pecados recentes?”
Minha resposta é sim. E acredito que a prova mais contundente para isso é a trilha sonora de Woman in red, de 1984, feita por Stevie Wonder. É verdade, a década de oitenta e noventa está longe das duas antecedentes para Wonder, mas ainda assim não podemos esquecer que o artista em questão é Stevie Wonder, e sendo humano como nós, está suscetível a cometer erros. E acertos com essa trilha sonora, é claro. Por isso criticá-lo por seus pecados é injusto.
"Woman in Red" foi um filme que marcou época. Não entrarei em muitos detalhes sobre o filme em si, pois no WideScreen está toda a análise sobre a película, muito melhor explorada do que eu poderia fazer. Então, sobre o filme, clique aqui. Acontece que para um filme marcar época como "Woman in red" marcou é preciso não só de bons atores, diretores, história, etc, mas uma boa trilha sonora também, pois é ela quem marca os momentos mais importantes do filme, assim como também preenche os espaços onde fala ou imagem alguma conseguiria preencher.
A trilha feita por Wonder acerta em todos os quesitos acima, e vai além. É na trilha desse filme que está "I just called to say I love", o single de maior vendagem na carreira do músico até hoje, e vencedor do Oscar e do Globo de Ouro do ano de 1985. Amada pelos fãs, trucidada pela crítica, "I just called to say I love" foi uma música que marcou época - e levantou controvérsias quanto ao Oscar, pois para concorrer ao prêmio, a música deve ser composta para o filme, o que não foi exatamente o caso de "I just call..." Mas é claro, embora tenha no disco um dos maiores hits da década de oitenta, "Woman in red" - a trilha - conta ainda com outras sete músicas, talvez não tão conhecidas como "I just call...", mas que não devem nada a companheira de álbum.
Por exemplo, "It's you" é uma pequena demonstração do que pode acontecer quando Stevie Wonder faz uma parceria com alguém como Dionne Warwick, aquela que transita facilmente entre o jazz de Ella Fitzgerald e o soul de Aretha Franklin; outra música que vale destaque é "Moments aren't moments" com Dionne Warwick, só que dessa vez solo. A música chega a ser delicada de tão simples, assim como a voz de Dionne, quase sussurrada, que chega a arrepiar.
Talvez um dos pontos de baixa do disco seja "It's more than you", canção instrumental de pouco mais de três minutos que, pelo menos ao álbum, não acrescenta muita coisa. E mesmo "I just call..." poderia entrar aqui, pois devido a seu estrondoso sucesso acabou por ofuscar não só o restante do disco, mas também a carreira de Wonder, chegando a reduzir, para alguns, sua obra àquela música.
Então, aí está, não acredito que seja justo criticar Stevie Wonder por seus pecados nas décadas de 80 e 90. Há pecados, sim, como também há acertos. Mas é claro, na minha lista top 5 de melhores discos de Stevie Wonder, esse não entraria.